O lixo eletrônico, também denominado resíduo eletrônico, lixo tecnológico, lixo digital e e-lixo, é composto por aparelhos eletrodomésticos, equipamentos e componentes eletroeletrônicos de uso doméstico, industrial, comercial ou no setor de serviços que estejam em desuso e sujeitos à disposição final.
A Lei Federal n. 12.305 de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), prevê como forma de redução da geração de resíduos sólidos a prevenção, o incentivo à reciclagem e à reutilização. Sugere ainda a prática de hábitos de consumo sustentáveis e, para os resíduos que não podem ser reciclados e reutilizados, a destinação final deve ser conduzida de forma adequada dos rejeitos a fim de não causar prejuízos à saúde humana e ao meio ambiente.
O lixo eletrônico contém diversos tipos de metais e componentes químicos, tornando-o mais poluente que o lixo comum, o que aumenta os danos ao meio ambiente, pois pode conter mais de 60 tipos de elementos químicos como chumbo, mercúrio, cádmio, arsênio e berílio, os quais podem causar danos ao sistema nervoso, cerebral, sanguíneo, fígado, ossos, rins, pulmões, doenças de pele, câncer de pulmão, desordens hormonais e reprodutivas e ainda problemas respiratórios. Por esta razão, é fundamental que se dê o destino correto para esse tipo de lixo.
Por outro lado, ao olhar um computador, um celular e outros equipamentos externamente não temos a noção da diversidade de materiais que ele contém, inclusive vários materiais nobres (ouro, platina, etc.). Dessa forma, o correto é recuperar os metais utilizados e os aparelhos descartados do que processar novos metais, ou seja, minerar o lixo eletrônico. A Empresa Mineira de Lixo Eletrônico (EMILE) publicou que, em uma tonelada de sucata eletroeletrônica mista, podem ser encontrados 200 a 300 gramas de ouro, 300 a 1000 gramas de prata, 30 a 70 gramas de platina. Apenas 3% a 5% são resíduos não recicláveis.
O projeto de Extensão “Lixo eletrônico: gestão sustentável, responsabilidade social e ambiental”, está alojado no Centro de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão (CEPPE). Este projeto vem sendo realizado desde 2015 e tem por objetivo conscientizar a comunidade acadêmica e a comunidade externa sobre a importância da destinação ambientalmente correta e da reciclagem do lixo eletrônico, além de recolher, armazenar e dar uma destinação para ele. Nestes três anos, já foram recolhidos e encaminhados para a reciclagem, em parceria com a Empresa Mineira de Lixo Eletrônico (EMILE): Maio de 2016 - 350 kg. Abril de 2017 - 577 kg. Dezembro de 2017- 455 Kg. Fevereiro 2018 – Estima-se 300kg. Totalizando aproximadamente 1682 kg.
Este projeto de extensão conta com a participação de alunos voluntários que têm como vantagens a validade como atividade complementar, vivência científica, tecnológica e ambiental, enriquecimento do currículo e a possibilidade de publicação científica em parceria com a professora coordenadora do projeto.
Como resultado deste projeto, já foram publicados artigos científicos sobre o tema em eventos regionais e nacionais. Também foi criado um Museu de Tecnologia na FUNCESI, aberto à visitação de escolas públicas e particulares de Itabira e região; o projeto já atendeu cerca de 489 alunos em parceria com o projeto de extensão de Inclusão Digital.
No dia 14/12/2017, foi estabelecida uma parceria entre ACITA e FUNCESI no recolhimento do Lixo Eletrônico. Agora é possível descartar lixo eletrônico em 3 pontos de coleta:
Na FUNCESI- CEPPE, 3º andar do prédio do Areão, e em frente à sala dos professores no pilotis vermelho. Contato pelo telefone 3839 3615 com Raquel.
Na ACITA - Contato pelo telefone 3831 2025