Funcesi recebeu, em seu auditório, secretários municipais, palestrantes e convidados para o I Seminário de Saúde Mental
O auditório da Funcesi estava repleto. Diversos secretários municipais, convidados, corpos docente e discente da instituição, além de palestrantes e servidores da prefeitura participaram, durante todo o dia 18 de setembro, do I seminário de Saúde Mental Sociedade e Felicidade, evento que teve como objetivo abordar e apresentar uma visão mais aberta e apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades humanas, enfatizando a busca pela felicidade e direcionando seus questionamentos à sanidade mental, e não, à doença mental.
Funcesi e Prefeitura de Itabira foram parceiras nesse evento que serviu como pano de fundo para atividades relacionadas ao Setembro Amarelo. Para a Secretária de Saúde Rosana Linhares, o momento foi maravilhoso. “Nós estamos no setembro amarelo, que é um período para evidenciarmos os problemas de saúde mental, algum incômodo que leve ao suicídio. E o nosso evento, hoje, trata de um foco diferente de ver a vida e de buscar as soluções. Não estamos tratando hoje, efetivamente, somente de falar de problema, para as questões de saúde mental. Estamos aqui hoje tratando da felicidade, de uma sociedade melhor”, explicou.
José Carlos Fernandes Lima, Diretor Acadêmico e Coordenador da área de saúde da Funcesi, disse que a realização do seminário é altamente positiva. “Colocar esse tema na ordem do dia é altamente representativo porque é uma questão que, em razoável medida, atinge a todos nós. Hoje, mais do que nunca, as pessoas estão preocupadas também com esse lado da busca da sua felicidade, do seu bem-estar. E, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o conceito de saúde envolve também e, sobretudo, esse aspecto mental. É você estar sintonizado com tudo aquilo que está acontecendo, mas como que eu reajo a tantos desafios, a tantas situações, muitas vezes, frustrantes na vida”, relatou. Concluindo: “E, na medida em que me disponho a discutir isso, a exteriorizar essas situações, eu percebo que isso vai trazer uma contribuição muito significativa para as pessoas e temos aí uma expectativa de um seminário muito produtivo para todos aqueles que estarão participando”.
O médico psiquiatra e doutor em Farmacologia, Bioquímica e Ortomolecular e professor associado do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFMG, Rodrigo Nicolato, palestrante que abriu os trabalhos do seminário falando sobre “Repercussões do Estresse e da Ansiedade para o Corpo”, agradeceu o convite e disse ser uma honra falar para uma plateia tão grande e diversificada.
“Sou uma pessoa muito humilde, estou sempre pronto a aprender mais, a lidar com estresse, vamos dizer assim, e a repercussão do estresse é um alvo dos meus estudos. Curiosamente, estou vendo que as pessoas daqui são muito mais tranquilas do que as que estão em Belo Horizonte”, ponderou.
“O estresse é o desencadeador de vários eventos graves, é a ponta do iceberg do quadro ansioso grave, do quadro depressivo grave, do quadro cardiovascular grave, e estou aqui para aprender como as pessoas estão, num dia como esse, de manhã, motivadas e alegres, muito menos estressadas do que a gente fica em Belo Horizonte. Então, estou feliz em ver uma plateia tão repleta, tão empolgada e com menos estresse do que eu e do que meus colegas que estão lidando com o estresse”, concluiu Rodrigo.
O seminário aconteceu durante as atividades em alusão ao Setembro Amarelo, que é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. É uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque internacionalmente o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, por iniciativa da International Association for Suicide Prevention. A ideia é promover eventos que abram espaço para debates sobre suicídio e divulgar o tema alertando a população sobre a importância de sua discussão.
O objetivo do mês de prevenção do suicídio é conscientizar as pessoas deste problema tão grave, que tira tantas vidas todos os anos. O Setembro Amarelo é um mês de diálogo. É um mês que busca criar conversas sobre o assunto, deixar as pessoas que sofrem com pensamentos suicidas saberem que elas não estão sozinhas e que a morte não é solução.
O Setembro Amarelo busca salvar vidas por meio da informação e da conversa sobre este assunto sério que ainda é um tabu.