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sexta, 17 maio 2019 10:24

Alunos de projeto de Iniciação Científica visitaram a empresa EMILE

No dia 09 de maio de 2019 os professores Maria Auxiliadora Lage e Sven Schafers Delgado e alunos Gustavo Augusto Duarte Gomes e Fabiane Assis Lana realizaram uma visita técnica à Empresa Mineira de Lixo Eletrônico (EMILE), com o objetivo de conhecer a forma de processamento dos Resíduos Eletroeletrônicos e realizar uma entrevista com a proprietária e funcionários da empresa. Esta visita faz parte do projeto de Iniciação Científica sobre o tema.

A empresa está localizada no distrito industrial em Betim-MG. É especializada na destinação ambientalmente adequada dos resíduos eletroeletrônicos. Possui 18 pontos de coleta espalhados por bairros de Belo Horizonte e 10 pontos nas cidades do interior de Minas Gerais, dentre eles na FUNCESI, na ACITA e ITAURB. Emite Certificado de Destinação Ambiental que atende a Política nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) Lei12.305/10 e possui toda documentação ambiental. Presta os seguintes serviços: recolhimento de REE em residências e empresas da região metropolitana de Belo Horizonte e nas cidades onde possuem os pontos de coleta; descaracterização de resíduos eletroeletrônicos; destinação dos finais de resíduos eletroeletrônicos; destruição de dados; oferece palestras, cursos e treinamentos sobre REE em escolas, faculdades, empresas e prefeituras.

A empresa dispõe de um galpão alugado com diversos setores como: departamento financeiro e comercial, sala de reunião, banheiros sociais, setor de acúmulo de Resíduos Eletroeletrônicos (REE), setor de separação dos REE, e um departamento com produtos mais raros intitulado pela proprietária de “mini museu”.

Por mês, são processados aproximadamente 20 toneladas de equipamentos. A operação é essencialmente manual e possui um pequeno espaço para armazenamento dos REE recolhidos. Alguns maquinários contribuem para o processo de desmontagem dos materiais. Os responsáveis pela desmontagem dos equipamentos, cada um em sua mesa de trabalho,  separam os materiais em recipientes próprios: plástico, placas verdes, placas marrons, placas mistas, alumínio, ferro, cobre e outros.  Os materiais extraídos do interior dos aparelhos, após a separação são comercializados em outras empresas em níveis superiores da cadeia de reciclagem.

A proprietária Fernanda afirma que a “EMILE faz um trabalho nobre, pois, está contribuindo com o meio ambiente, poupando os recursos naturais. Aquilo que é lixo para a população, para mim é uma riqueza, pois vou transformar ele aqui na empresa em emprego com carteira assinada, vou movimentar a padaria, o posto de gasolina do bairro, comercializar as sucatas com empresas recicladoras de Lixo Eletrônico”.

Segundo Fernanda, o material que tem maior valor agregado são as placas de circuitos, pois, estas possuem os metais nobres. Estas são enviados inteiras para uma empresa em São Paulo que por sua vez, exporta para a Bélgica onde uma purificadora faz a separação desses metais. O plástico e o ferro, são os que tem maior volume no REE, porém são os de menor valor para comercialização, praticamente cobre somente o custo do manuseio. Algumas peças são de manuseio complicado e exige muito cuidado e sua comercialização é muito restrita. É o caso do tubo das TVs.  Atualmente a EMILE tem contato com uma empresa em São Paulo, e por isso o custo do transporte é alto e muitas vezes a empresa não recebe o material devido a alta demanda. Quando não consegue a destinação adequada, o recurso é o aterro industrial para que seja enterrado. O lucro com este material é zero ou negativo.

O aluno Gustavo achou a visita técnica muito proveitosa, esclarecedora para o projeto, pois deu para conferir na prática tudo aquilo que o projeto vem pesquisando, e com certeza irá agregar muito valor ao artigo científico que estão produzindo. Foram esclarecidas muitas dúvidas sobre o processo de reciclagem dos resíduos eletroeletrônicos, bem como as maiores dificuldades da empresa em relação à esse tipo de serviço.

A aluna Fabiane Lana afirma que “achei uma ótima iniciativa de produção. Além de ajudar a preservar o meio ambiente, está produzindo novos produtos com o material destinado, gerando empregos, além disso, é um empreendimento novo no mercado podendo gerar novos negócios”.

O Prof. Sven, declara que tivemos a oportunidade de observar o processo de desmontagem dos resíduos eletroeletrônicos que contribuem com a correta destinação ambiental. “A Emile parceira da Funcesi deve continuar com este projeto de recolhimento e de destinação pela sua importância social, ambiental e tecnológica. Esperamos que novas visitas e parcerias técnicas possam ocorrer futuramente. Enfim, foi uma visita muito interessante. Espero que essa parceria continue a perdurar de forma a incentivar a conscientização ambiental e a geração de novos empregos na região”.

A professora Maria Auxiliadora vibra dizendo que “ver de perto o trabalho que é desenvolvido pela EMILE, empresa parceira do nosso projeto de Extensão: Resíduos Eletrônicos: Gestão Sustentável, Responsabilidade Social e Ambiental, desde 2015 renova nossas energias e nos dá a convicção da importância de conscientizar as pessoas de se descartar corretamente os resíduos eletrônicos como forma de contribuir com o meio ambiente.  Para o projeto de Iniciação Cientifica desenvolvido no Centro de Pesquisa, Pós Graduação e Extensão – CEPPE na FUNCESI, a visita à empresa e a entrevista realizada irá contribuir como fonte de dados para a elaboração do artigo científico que está sendo produzido.  Além disso, foi possível perceber que a reciclagem de REE é um negócio promissor e oferece várias oportunidades como a logística, a reciclagem de plástico, de vidro e outros materiais extraídos dos eletrônicos”.

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