quinta, 06 abril 2017 16:55

EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL NA FUNCESI: PROJETO DE EXTENSÃO “LIXO ELETRÔNICO”

O Projeto de Extensão “Lixo eletrônico: gestão sustentável, responsabilidade social e ambiental” trabalha a conscientização da comunidade desde 2015

 

Há quase dois anos na Funcesi deu-se início ao Projeto de Extensão “Lixo Eletrônico: gestão sustentável, responsabilidade social e ambiental”, tendo como objetivo principal conscientizar a comunidade de Itabira e região sobre a importância de reduzir, reaproveitar, reciclar e destinar adequadamente o lixo eletrônico como forma de responsabilidade socioambiental.

 

Aliado a esse objetivo, o projeto também visa, por meio da doação de lixo eletrônico, criar um espaço de tecnologia como forma de preservação da história. Além disso, como resultado das doações feitas pela comunidade, a Funcesi encaminha todo o lixo eletrônico recolhido para a Empresa Mineira de Lixo Eletrônico (EMILE), especializada na destinação ambientalmente adequada para a reciclagem (www.emile.net.br).

 

A primeira remessa de descarte de lixo eletrônico para a EMILE aconteceu em abril de 2016, com 350 quilos de lixo. A segunda remessa foi feita em março deste ano, com 577 quilos. Segundo Maria Auxiliadora Lage, professora responsável pelo projeto, “essa ação representa um processo benéfico para a sociedade e para o meio ambiente, uma vez que o lixo eletrônico possui diversos metais e componentes químicos considerados perigosos ao ser humano e ao meio ambiente”.

 

Desde o início do projeto, a Funcesi conta com a participação dos professores: Maria Auxiliadora Lage e Sven Schafers Delgado como também de alunos de diversos cursos. Em 2015 estavam envolvidos José Cláudio dos Santos Sátyro Wexley Willian Lage . No ano seguinte, os alunos envolvidos foram Allef Lochaeder Alves Pereira, Eliny Rodrigues Fonseca, Luís Fernando Pereira de Freitas e Priscila Lage Moura. Em 2017 o projeto conta com o envolvimento dos alunos Amanda Siqueira Silva, Jaider Lage do Carmo, Luis Fernando Pereira de Freitas, Priscila Lage Moura, Wagner José Andrade Luiz Chaves e Allef Lochaeder Alves Pereira.

 

Esse projeto está cadastrado no CEPPE - Centro de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, setor responsável pelos programas e atividades que fomentam a extensão na Instituição, sob a coordenação do professor Dr. Diogo Luna Moureira .

Danos ao meio ambiente

 

O lixo eletrônico contém diversos tipos de metais e componentes químicos, tornando-o mais poluente que o lixo comum, o que aumenta os danos potenciais à saúde e ao meio ambiente. Grande parte das cidades brasileiras apresenta serviço de coleta que não prevê o recolhimento do lixo eletrônico. Nessas cidades, é comum observarmos hábitos de disposição final inadequados de lixo, como jogá-los junto com o lixo comum, em terrenos baldios, beira de estrada, margem de rios e lagos, configurando-se como um grave problema para o ambiente e para a saúde (MOI, 2012).

 

O Brasil é um dos países que mais gera lixo eletrônico no mundo. São 40 milhões de toneladas por ano, 500g por pessoa/por ano, seguido do México e China, 400g por pessoa/por ano. A cada ano, o Brasil descarta aproximadamente 96,8 mil toneladas de computadores; 2,2 mil toneladas de celulares; 17,2 mil toneladas de impressoras (USP, 2011).

Riscos para a saúde humana

O lixo eletrônico ainda pode causar danos à saúde das pessoas. No quadro a seguir, destacamos alguns componentes do lixo eletrônico e seus possíveis riscos ao homem:
· Arsênio – agente cancerígeno, afeta o sistema nervoso e pode causar doenças da pele; está presente nos celulares e a contaminação se dá por inalação e toque;


· Cádmio – está presente em computadores, monitores de tubo e baterias de laptops; cancerígeno, afeta o sistema nervoso, provoca dores reumáticas, distúrbios metabólicos e problemas pulmonares, acumulando-se nos rins. É absorvido pela respiração ou por meio de alimentação, causando sintomas de envenenamento;


· Chumbo – encontrado nas soldas das placas, está presente em computadores, celulares e aparelhos de TV. Sua contaminação se dá por meio da inalação e toque. Pode causar danos ao sistema nervoso central e periférico, gerando irritabilidade, tremores musculares, lentidão de raciocínio, alucinação, insônia e hiperatividade, além de danos ao sistema sanguíneo e nos rins dos seres humanos;


· Cobre – presente em diversos componentes, pode causar lesões no fígado;


· Mercúrio – espalhado na água, transforma-se em metilmercúrio, um tipo de mercúrio nocivo para a saúde de fetos e bebês, podendo causar danos crônicos ao cérebro. Presente em computadores, monitores, televisores de tela plana e celulares, pode causar problemas de estômago, distúrbios renais e neurológicos, alterações genéticas e no metabolismo;


· Zinco – presente em baterias de celulares e laptops. A contaminação se dá por meio de inalação e toque. Pode provocar vômitos, diarreias e problemas pulmonares.

Pontos de coleta

O Projeto de Extensão “Lixo Eletrônico: gestão sustentável, responsabilidade social e ambiental” possui dois pontos de coleta no campus da Funcesi. O primeiro no CEPPE, sala AR-309 do prédio do Areão, das 8h às 17 h, que funciona de segunda a sexta feira; e o segundo, um container no prédio vermelho, em frente à sala dos professores. Nesses dois pontos, podem ser entregues: computadores, monitores, teclados, notebook, netbook, tablet, celulares, fonte de alimentação etc.

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